sábado, 20 de novembro de 2010

Sonhar Juntos

Em dúvida e sufocado pelo desejo imensurável
de seguir em frente peguei a mão direita.
Caminhei até o cansaço se aproximou e eu dormi.
As coisas que vi no sonho eram verdes e pretas
como noite escura e mato, mas havia ainda um rio seco,
sem cor de àgua, nem barulho de riacho.
Os desejos se iam como se os meus sonhos reais
fossem mentiras sonhadas e as esperanças fossem já mortas.
A estrada sumia em curvas longas como cortinas escuras
aguçando minha curiosidade obrigando-me a caminhar.
Passos em pernas curtas nunca chegam.
Peguei a mão esquerda outras vezes, vi também sorrisos e lágrimas.
Acordei em sonhos que não eram meus.
Venci e perdi batalhas alheias com a lança verde dos olhos.

domingo, 31 de outubro de 2010

Eu o povo

Se Dilma me convidar para ser ministro da educação, eu aceito.
Se ela me convidar para ser ministro da justiça, eu aceuto.
Se Dilma me convidar para ser chefe da casa cívil, eu eceito.
Se ela me convidar para assumir o ministério da saúde, eu aceito.
Se ela me convidar para ministrar a cultura, eu aceito.
Dilma me convidando para ser ministro da economia aceitaria numa boa.
Se ela me convidasse para ser embaixador do Brasil no estrangeiro eu ia.
Caso Dilma me convide para assumir o ministério da agricultura eu aceito.
Se Dilma me oferecer um cargo que não seja importante como um ministério,
há, eu aceito. Sendo anônimo para ela espero que ela saiba que eu sou povo
e sou muito brasileiro e que o que ela fizer por nós e que nos faça feliz,
eu aceito. Mas se Serra me convidar para qualquer cargo ou evento,
eu vou pensar muito, sendo para o bem do povo brasileiro devo aceitar
também, quem tem que vencer no final é a democracia brasileira.
Se me convidarem para ser secretario de segurança pública
gostaria de trabalhar nas escola para diminuir os presídios.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Castanha de pequi

Matrioshka,
bonequinha russa.
Casca verde
poupa amarela
proteção de espinhos
castanha preciosa
diamante valioso
regional e sertaneja
delicada e bela
avó mãe e neta
passo a passo ela vem,
vem chegando
rompendo todas as proteções
nascendo semente
virando gente
pra morar para sempre dentro de nós.
-Quando Sophia aparecer
já estaremos dominados.

sábado, 18 de setembro de 2010

Sophia Merce mais

Quando cheguei, me contaram, a vida era já difícil.
Mas havia ainda poucas máquinas e os projetos só aumentavam.
As máquinas são monstros que devoram o mundo.
E começou a destruição bem antes de mim.
Depois de mim vieram muitas máquinas e muita destruição.
Mais tecnologia, mais máquina, mais gente, mais consumo,
mais produção, muito mais destruição, mais conforto, mais desiguladade.
Veio Margarete, Fabinho , Ana Cecília e depois que veio Matheus,
houve a asceleração, mais máquinas e desturição, mais química,
mais poluição, o mundo mais doente, com vírus e computadores.
Agora inventam antídotos, novas máquinas, novos consumos nova consciência,
menos poluição mais verde, mais esperança de mudar para melhor.
Aí vem Fabrícia advogando pela vida trazendo uma nova,
que merece um mundo novo, para ajudar a construi-lo melhor,
onde a sabedoria ditará as regras.
Chega Sophia nova mentalidade, para os que aqui já estão.
Ela merece mais do que eu Matheus e do que Fabrícia.
Sophia merece mais, muito mais do que máquinas destuidoras de árvores.
Sophia é a minha primeira neta, e a vida prospera.
Penso que ela merece muito mais.

O Burrinho

A ladeira ingrime jogava o burrino no chão.
A carga pesada fazia tudo parecer interminável,
mas seu destino era vencer mais uma das altas montanhas no seu caminho.
Doia tudo em si, dos cascos quebrados até a ponta da orelha,
mas ele, concentrava-se no seu dever e passo a passo seguia viagem.
A montanha era impiedosa e os obstáculos temerosos, a solidão
que tinha dentro dele nimguém via, nem notavam que o que carregava
era importante. Pesava e doia, e ele quando descansava era mais os pensamentos,
o corpo era levado ao limite e os sonhos eram esvaziados pouco a pouco.
O pasto pouco, a fome, a sede e os desejos se faziam escascos mas ele
teimava, queria chegar para ver lá de cima a sua vitoria.
haviam aqueles que o insentivava a seguir em frente porque acreditavam
que a estrada ia melhora e havia aqueles que o incentivava a desistir e mudar de rota
porque duvidavam de sua força, mas ele ainda se sentia forte para seguir, e seguia.
Seguia na montanha contra o tempo e o intemperes
e tudo se somava parecendo uma carroça carregada de bagaço de cana,
de sonhos detruidos, de coisas abandonadas, de sentimentos perdidos,
de grandes vitória ideologicas e de grandes derrotas emocionais.
No fundo ele sabia que a vida era a sua maior vitória e a herança,
era o exemplo de determinação. Ele mesmo carregava seus medos.
e suas ilusões por isso muitas vezes caiu e levantou
nessa vida cheia de altos e baixos.

sábado, 11 de setembro de 2010

Sereno e Poeira

Sertão Mineiro

Meu sertão tem sereno frio
mesmo quando equenta o tempo
na chapada do serrado.
O gado e as plantas compartilham das gotas
serenas das madrugadas, das
luas que banham os rebanhos
como a luz imensa qual a mata de
Nossa senhora.
Nem a poeira solta levada no vento
do dia seca a vida no meu sertão.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sophia

Sophia

Girando e gerando.
o mundo se movimenta
e as sementes surgem e vem a terra.
e girando o mundo faz gerar.
flores que colorem e perfumam.
frutos que alimentam o ego.
e a vida cheia de sentimentos.
movimento e traz Sophia.
E o sol brilha.
E a lua brilha
no novo mundo.
o mundo de Sophia.

sábado, 8 de maio de 2010

Catrumano

A briga é de origem
nascimento de uma cultura
neste imenso Brasil
missigenado a formosura,
morena do rio são francisco
terra de antigos bandeirantes
matias Cadoso, cidade do norte de Minas
seria a primeira vila
destas minas de ouro preto e diamante.
A galope catre mane no cavalo
permanece o cavaleiro,
na ponta da faca a valentia
do sertanejo estradeiro.
pra tudo em seu cavalo servia
alí e acolá, aqui e lá
recado que ia a mensagen que vinha
chegava no galopar.
Matias Cardoso
pioneira quatro mãos
o sertanejo o tropeiro
o arraiá.

As canecas

Vinho e Circo

As canecas se chocaram no ar
e as gargalhadas se spalhavam
pela imensidão do pomar.
Uvas, uvas, uvas, uvas e mais uvas
uma safra imensa de uvas.
As gargalhadas eram de felicidade
comemoração de prazer e alegria,
a tradição milenar se mantinha viva
e a festa era esperada depois
de tanta dedicação
eles estavam vivos
e a História fortalecida.
O vinho e o sangue
a festa e a uva
eu não estava lá.