domingo, 24 de julho de 2011

Distância

O gelo que sustenta esta ponte entre
nós precisa ser quebrado
por isso quero que ouça o
meu silencio, por que não sei o que lhe dizer agora.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

TIA LICA

Na minha história, memórias de Tia Lica.
Nas primeira lembranças
Um tacho de cobre na fazenda
uma colher de pau, requeijão quente
no inverno seco do mês de julho
o páiou, a fermentação da cachaça
os primos, minha Tia Lica
na cozinha na lida do cozido no fogão de lenha.
Outras lembranças me invadem
e claream a festa em Serra Branca
Tia Lica lá, chegamos cêdo de dia
na beira do rio descemos
fogueira forró a primaiada
os jogos as brincadeira, e a adolescencia
Nas idas e vindas Hospede-me em Casa de Tia,
por necessidade de trabalho.
Riamos muito, ativa e alegre minha anfitriã
querida abria seu coração para falar de família,
de vivencia, de amor, de construção de saudades
de histórias de Porteirinha de seus irmãos,
de minha mãe. Tia Lica só fazia me agradar
preocupoava em me esperar com meu prato preferido.
minha Tia Lica é um tesouro guardado
em mim, no meu sangue, é uma raíz
nas minhas estrururas, Um Anjo.
A missa no domingo, a fé, Tia Lica querida.
A Tia Lica minha eterna gratidão.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

RESUMIDO

Arrastei correntes até o altar
Beijei a imagem do santo
Cultuei minha terra e meus ídolos
Colhi semntes frutiferas inférteis,
Despetalei flores perfumadas
Cultivei a formosura do serrado
para ver desebrochar a esperança.
Bebi na fonte dos sonhos, dos desejos.
Caminhei solitário, caminhei só.
Banhei-me na chuva das emoções.
Hoje, hoje poesia.

domingo, 10 de julho de 2011

FECUNDAÇÃO

Depois do gol.
Depois da chuva.
Escorregou.
Após o primeiro beijo...
Depois de matar o desejo...
Se entregou.
Após o silêncio.
Os olhares.
O amor...
Depois do gol.
Eu mudei.
você mudou.
Depois...
O sonho.
Depois, amanhã.
O futuro.
O dia seguinte...

sábado, 2 de julho de 2011

A TERCEIRA MARGEM

Eu rio
Eu choro
Eu Sinto
Caminho
Ando e deito
Amamento peixe
Pesco, caço, como.
Eu rio
Eu choro
Eu suo
Eu molho
lacrimejo e berro
Eu mijo
Defeco bagaço
bebo cana
vou em cana
fico sem asas
mas voo.
Em pensamento.
No meu tempo.
nos baús e nos céus.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O VAZIO DAS CORES

Beber o vento e caminhar nas nuvens
andando pela areia branca ,no sal da praia
longa, com pernas abertas deitei no mar azul
de àguas vivas, sem gosto de paixão.
Pisei deixando marcas no coração do mundo.
Rasguei as petalas de flores que desenhei
ao amanhecer e ao anoitecer de um dia sem fim.
Não via a lua branca do sol quente.
Nem ouvi a música da sereia amante do boto.
Não beijei a moça da janela na passagem da banda.
Correram por sima de mim passaros, sem asas.
E as cores nas minhas mãos borraram a aquarela
com letras perdidas de palavras sem emoção.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Amar errado; é paixão.
A educação é assim, uma paixão.
A paixão, naquele quarto escuro!
Buscamos uma janela para bater asas.
Amar assim é pecado e educar parece errado.
E é errado educar para esta vida?
Ver a liberdade como sinônimo de violência.
Ver as diversas formas de amar deixando de valer apena.
O amor é realmente cego.
talvez por isso andamos hoje tão sem direção.
Mas há uma luz: o amanhã.
O novo, a surpresa, o impactante.
O desafio do novo faz tremer o mundo.
sacode os anjos e agita os demônios.
Continuamos amando, cegamente seguindo
cantando ou tentando cantar junto uma canção; a da paz.
Educar era repassar conhecimentos, quando se tinha pouco,
Hoje educar é uma covadia que fazemos com as futuras gerações.
Estamos na mesma nave mas a nave que voa em direção ao caos.
Turbulência? maremoto? ciclone? tsunami?
A educação em vendaval é material reciclável.
Como ainda não aprendemos a reciclar, nos vestimos de ilusões.
E lustramos o mesmo sapato velho do chavão.
"caminha é preciso".
Pra onde?

Fabio Francisco Batista.
Professor de História

segunda-feira, 13 de junho de 2011

HOMOFOBIA

Vamos casar agora.
O disco com a vitrola.
O santo com o milagre.
O professor com a escola.
O leite com a graviola.
O pedinte com a esmola.
O Lula com o PT.
O carro com o piloto.
A pinga com o limão.
O café com o biscoito.
O cantador com a viola.
O feijão com o Arroz.
A abóbora com o quiabo.
Silvio santos com a TV.
A formiga com açucar.
A careca com a peruca.
O dedo com o anel.
A namorada com a namorada.
O namorado com o namorado.
O amor com o pecado.
O relogio com o atrasado.
O chá com a chaleira.
E as frutas com as fruteiras.

sábado, 11 de junho de 2011

Cemitério

A morte.
Moribunda.
Ultima benção.
Extrema unção.
A urna, o caixão.
O defunto, a mortalha.
O Velório, a exposição.
A caminho, o cortejo.
O enterro, o choro, a adoração.
As lembranças, saudades e lamentos.
Os gritos e gemidos, as rezas.
As orações e as cantigas religiosas.
Discursos, piadas e conceitos.
Os rótulos e as avaliações.
O bem e o mal.
O feio e o belo.
A mão de Deus.
As Flores.
O punhado de terra.
O buraco.
Os amores.
A dor, A lagrima.
O céu e o inferno.
Os que ficam, os que vão.
O medo, o além.
A terra e o chão.




segunda-feira, 6 de junho de 2011

Coração de Jesus

Cheguei onde havera de chegar no Brejinho,
depois, de por diversa cidades norte mineiras trabalhar.
Cheguei assim meio sem saber o que
era aquele lugar como eram as pessoas
e o que produziam por lá.
Fui entrando me aproximando e me
identificando cada vez mais percebendo
que ali também era meu lugar.
Encontrei lá um pouco do meu passado,
do passado de pessoas que me fizeram.
As mulheres fortes, as crianças lindas
o gerais, a poeira fina da memória sertaneja.
um pedaço de mim se encontrou ali,
com pedaços de outras pessoas minhas
norte mineiras, sertamjas, geraiseras.
Segui em frente, fui para Lapinha
ali o sertanejo se revela forte e real
na areia fina e vermelha que abriga
pequizeiros e poetas como Elismar e Valter Ruas,
cantadores, músicos regionais das folias de reis,
nas tradicionais foqueiras de inverno.
Gente de sofrida vida se apresentava a mim
como triste e rico retrato do meu sertão.
Coração de Jesus é um doce beijo na minha
face, um aconchego, um cobertor, um afago.
Mulheres guerreiras em seus cavalos de ferro.
Aleci Natália, Eldane Andrade, Bizizi Aparecida,
Lenice, Duzinha, Afra, Nilma e Zélia. Todas
simbolo de perseverança, como as de Eporas e Alvação
Fatima, Rosana e Solange, Rosimere e Cassilda.
Forasteiro como eu Tarcisio Beraldo compartilhou diversas
vezes memórias de Coração de Jesus, terra de
Flávio Lima, Camilão, Jucão, Jelson e Dionísio,
Aroldo Pereira, Luis Pires e de meu colega Fausto.
O sertão em Coração de Jesus me vem nos poemas
do meu amigo Elismar, no provincianismo de Oneide e Celson,
na beleza das moças da região, na vaquejada
que reune a parentaia em festa, no parque, na Igreja
do Sagrado Coração de jesus nas praças e nas ruas
historicas onde caminhei pensado e descobri:
Também Amo Coração de Jesus.
Amo porque conheci a sua gente.

2011 Parabéns Coração ,de jesus 99 anos de história.
Fabio Francisco Batista

domingo, 1 de maio de 2011

Anjo Cor de Rosa

Alguém tão longe e tão perto.
Pessoa de dentro de nós, tão distante.
Tão colada em mim, voando.
Em outros espaços, em outros lugares.
Com outros que voam com outros destinos.
Com sonhos de renascer, nos seus ninhos.
Pessoa de asas fortes o que te levou
daqui se não o desejo da aventura.
Canto de encanto pessoa distante, asas.
Se desfazendo de cordas umbilicais, voou.
Dentro de mim tatuagem, coração.
Quando repousares aqui no meu peito,
venseremos as saudades.


Poema para meu anjo cor de Rosa Cecília minha filha.

sábado, 5 de março de 2011

Pedro Pipoquinha

Pedro.
Pedrinho.
Pequenino filho do rei.
Pipoquinha que pula, pula.
Pê Pê Poly
Pê Pê Ana
Pedro e Polyana
Pedrinho que pula e pula
Pedro que pensa e pula
que pula e aprende
aprende fácil tudo que vê
O filho do rei nasceu abençoado
com as doces faces dos sorrisos
e com brilhantes olhos de vida.
Pê Pê que Pula, chegou assim.
Pulando o pipoquinha sorri.
Pedrinho sorrindo brinca.
Brincando nos encanta.
Pedrinho e Maria Aimê
Pedro, Poly, Pedro, Ana, Pedro Rei.
Pedro Pedrinho pequenino.
Pipoquinha.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

SOPHIA JÁ NASCEU EM NÓS.

Sophia já nasceu em nós
só falta chegar.
Uma dúzia de dias,
uma vida, um amor,
uma chegada.
Uma dúzia de dias
no segundo mês do ano.
um anjo, uma menina,
uma flôr.
uma dúzia de dias,
uma dúzia de dias,
Sophia, Sophia, Sophia.
O planeta enriquece
fica mais lindo,
os sorrisos se espalham
e gritaremos bem
alto com a voz interior:
vejam, vejam, vejam
Sophia, Sophia.
Sophia chegou.
Todo orgulho
mamãe, papai, titias, titios
vovós e vôvos.

CABELOS BRANCOS

Herdei de meus pais.
Ambos mativeram este jeitinho sécular
de ser da minha família, dos meus antepassados.
Na verdade estes fios que clareiam a cada dia
provocam eternos questionamentos a mim e a ciência.
Digo que a cronologia se retrata aí, atravez da imagem.
Os cabelos brancos me chovem pelas orelhas e pela testa
e o colorido natural deles fazem do espelho um bloco de neve,
cabelinho de algodão.
As crianças de olhos devertidos veem Papai Noel nos meus cabelos.
Os amigos preferem colori-los a todo instante.
Contudo as vozes das idades se manifestam
como uma cascata de experiência,
com a cabeça nas nuvens.

A RODA E O TIJOLO

Ser tijolo ou roda?
Qual é o mais sedentário?
Qual é o mais equilíbrado
o tijolo ou a roda?
A roda é nômade?
O tijolo é nômade?
O coração é tijolo ou roda?
A cabeça roda?
Os pés são tijolos?
As pessoas são rodas?
O movimento da roda é circular.
O movimento do tijolo é mais reto.
A roda viajante conhece mais do que o tijolo conhece.
O tijolo comete menos erros.
A roda é mais aventureira e corre mais riscos.
O tijolo é mais centrado e covarde.
já viu um tijolo redondo?

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

cartinha para minha cumadi

Aninha minha cumadi
ocê feiz boa viage?
foi de carro, de a pé
o foi de trem?
Aí, levô as criança?
òia, cuida bem dez
num vasila, num fasta dez viu?
Oçê, seus fi, e seu marido
nós daqui preza mucho.
Aninha minha cumadi
ocê moio os pé no mar?
e num viro serei?
quando chegar dá notiça.
inté.